terça-feira, 6 de dezembro de 2016

"Então é Natal", e você já sabe o que isso significa.

Já dissemos em outro post aqui no blog que as épocas que antecedem o Natal e a Páscoa são as prediletas da mídia para lançar grandes dossiês sobre Jesus, ou publicar matérias sobre "descobertas" arqueológicas que revolucionariam o que sabemos sobre o próprio Jesus e as origens do Cristianismo (para saber mais, clique aqui). Isso acontece porque é justamente nessa época que a sensibilidade religiosa das pessoas está em alta, e elas ficam mais interessadas em consumir e comprar tudo que envolva religião. 

Bom, esse ano já temos uma nova "notícia" desse naipe. Ao menos três sites vincularam a partir do dia 29 de novembro uma notícia sobre um livro de chumbo que conteria a mais antiga referência histórica sobre Jesus. Um desses sites é nada mais nada menos que o do tabloide inglês "The Mirror". Nos sites em questão, é dito que se trata de um rolo (Scroll), mas, o que se vê é a foto de uma espécie de códice.
Eis os links:

http://www.mirror.co.uk/news/uk-news/ancient-set-books-2000-years-9358433

https://au.news.yahoo.com/world/a/33375559/2000-year-old-scrolls-with-believed-first-reference-to-jesus-christ-authenticated/#page1

http://www.pravoslavie.ru/english/99110.htm

Eis o que seria uma foto do tal "rolo"



Segundo um dos sites, ele teria cerca de 2 mil anos de existência, seria feito de chumbo, escrito numa espécie de língua paleo-hebraica e sua autenticidade teria sido comprovada por estudiosos britânicos; é dito ainda que no documento é relatado que Jesus veneraria uma espécie de divindade andrógena. Por fim, o tal "rolo" faria parte de uma coleção conhecida como "Rolos de Chumbo do Jordão", descobertos no Jordão em 2008. 
Um site russo (veja nos links acima) reporta ainda que o documento conta sobre a aparição de Deus no Templo de Salomão enquanto Jesus ali rezava. 

Como uma das especialidades deste blog é justamente desmistificar esse tipo de notícia, aí vamos nós. 

Bom, a parte mais absurda dos relatos midiáticos é certamente a que diz que Jesus rezava no Templo de Salomão. Ora, o famoso "Templo de Salomão" já não existia mais no tempo de Jesus; ele foi destruído e pilhado durante a invasão da Palestina pelo Império Babilônico. Aquele templo sobre o qual lemos nos Evangelhos e no qual Jesus certamente orou é conhecido como "Segundo Templo", e foi construído durante o domínio Persa, sob o patronado de Ciro, o Grande. Qualquer um que comece a se inteirar dos assuntos de estudos bíblicos sabe disso. 

Posto isso, podemos falar do restante. Na verdade, esse conjunto de documentos não são "rolos", mas códices (livros em formato de cadernos). Já se sabe de sua existência desde 2011 pelo menos; sabe-se também que são falsos. E já tem até link no wikipedia (clique aqui). 

Entre 2011 e 2012, muitos estudiosos se pronunciaram a respeito, dizendo que se tratava claramente de uma falsificação. Trata-se, portanto, de uma notícia de alguns anos que foi requentada para chamar a atenção no Natal. 

Ainda em 2011, a Israel Antiquity Authority disse que os códices não passavam de uma falsificação barata, que misturava estilos e escritas de várias épocas diferentes e que era possível achar esse tipo de "artefato" a venda em diversos mercados de antiguidades tanto no Jordão quanto no Oriente Médio de maneira geral. De fato, pelas fotos, o que eu vejo nem é paleo-hebraico (que, diga-se de passagem, nem era mais falado na época de Jesus), mas um monte de letras tentando imitar o grego. 

Enfim, temos mais uma falsificação que foi "ressuscitada" para fazer sucesso nesse Natal. Não caiam nessa.  


  

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O Cisma Donastista e os "cismáticos" no Brasil hoje.

Estátua do Imperador Diocleciano
No início do século IV, os cristãos tiveram de enfrentar a famosa perseguição de Diocleciano; tal perseguição foi muito provavelmente a mais violenta da história do cristianismo. Ela foi particularmente dura em alguns locais do Império Romano, como o Norte da África e principalmente o Egito (até hoje, o calendário dos cristãos egípcios se baseia não na presumível data do nascimento de Cristo, mas, na data de ascensão ao poder do imperador Diocleciano, tamanha a cicatriz que tal perseguição deixou no Egito). 

Apesar da predileção deste blogueiro que vos escreve pelo cristianismo egípcio, neste post falaremos de uma situação específica gerada pela perseguição em questão no norte da África, o cisma Donatista. O motivo? A atitude desses cismáticos lembra um pouco uma atitude de alguns católicos no Brasil hoje.  

Durante a perseguição em questão, muitos clérigos não resistiram ao medo e à pressão e acabaram entregando aos oficiais imperiais livros e vasos sagrados utilizados na liturgia para serem queimados e destruídos. Esses clérigos passaram a ser conhecidos como traditores. Entre 311 e 312, um desses traditores, Cecílio, foi consagrado bispo de Cartago, a mais importante cidade do norte da África Ocidental. 

Uma parcela considerável dos cristãos do norte da África, liderados pelo bispo Donato (daí o nome "Donatistas"), não aceitou tal consagração, e um cisma acabou sendo gerado. Esses cristãos se separaram dos demais e acabaram formando uma igreja que eles denominavam como "igreja dos santos", sem espaço para quem quer que tivesse apostatado ou colaborado com os oficiais imperiais durante a perseguição de Diocleciano. 

Um dos principais traços doutrinais dos Donatistas (equivocado, diga-se de passagem) é que eles acreditavam piamente que a validade dos sacramentos administrados por um sacerdote dependia de sua santidade. Em outras palavras, para os Donatistas, qualquer sacramento que contasse com a participação de um sacerdote pecador era inválido. Muitos dos Donatistas foram, inclusive, "rebatizados" por conta dessa crença. 

O cisma perdurou durante todo o século IV, até que na última década do século em questão, ninguém mais, ninguém menos que Santo Agostinho resolveu combater os Donatistas. Houve primeiro uma tentativa de reintegração dos cismáticos; em 393, Agostinho escreveu os Psalmus contra Donati, nos quais ele aponta os erros doutrinais da heresia em questão. 
Imagem simulando um ícone antigo de Santo Agostinho

Em 400, porém, Agostinho percebeu que uma reconciliação era praticamente impossível de ser feita, passando, então, a tratá-los não somente como cismáticos, mas, de fato, como hereges. Passou, portanto, a combatê-los por meio de tratados teológicos e com a participação direta em sínodos que tentavam resolver a questão, contando ainda com o apoio de sanções imperiais contra esses hereges em específico. 

Entre os anos de 400 e 418, Agostinho escreveu vários tratados denunciando e refutando os Donatistas. A batalha contra os Donatistas - ao lado da batalha contra os Pelagianos - foi o maior esforço heresiológico de Agostinho. 
Abaixo, algumas das principais obras de Agostinho contra os Donatistas: 

De baptismo contra Donatistas

De unitate ecclesia 

Gesta collationis Carthaginiensis 

Breviculus collationis cum Donatistis

Dentre os principais assuntos tratados nessas obras, poderíamos destacar a questão primordial da unidade da Igreja - abalada pelo cisma Donatista - e a ideia herética segundo a qual a validade dos sacramentos dependeria da santidade do sacerdote. 

Do ponto de vista eclesiástico, a questão foi definitivamente resolvida no Sínodo de Cartago (411); sob a liderança de Agostinho, o Donastismo foi oficialmente condenado e no ano seguinte, um edito do Imperador Honório ordenou a supressão dos Donatistas por meio de sanções imperiais. 

Mas o que isso tem a ver com o Brasil de hoje? 

Simples, um certo formador de opinião, bastante ativo nas redes sociais, que gosta de posar de tradicionalista e que conta com uma horda de seguidores virtuais, começou a divulgar recentemente que seria virtuoso por parte dos católicos deixar de ir à Missa dominical porque os sacerdotes no Brasil hoje são comunistas e coisas do gênero, e tais missas são, portanto, inválidas. 

Em um post no Facebook, por exemplo, esse formador de opinião declarou que muitos sacerdotes no Brasil "não têm autoridade para dar os sacramentos" e que, portanto, "aceitar os sacramentos da mão dessas criaturas só para não faltar à missa é sacrilégio". Em outros posts ele afirma que muitas ordenações no Brasil são inválidas e que, portanto, seria mérito deixar de ir à Missa.       

Notem que esse formador de opinião está cometendo o mesmo erro dos Donatistas. Ele está condicionando a validade dos sacramentos à santidade pessoal do sacerdote. Como vimos acima, tal heresia já foi combatida por Santo Agostinho e oficialmente condenada pela Igreja. 

Não deixa de ser irônico que alguém que goste tanto de posar de tradicionalista caia numa heresia condenada há mais de 1600 anos e combatida por ninguém menos que Santo Agostinho, uma das mentes mais brilhantes da história. 

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Publicação do livro 'Espectadores do Sagrado'

Capa do livro 'Espectadores do Sagrado'



É com grande alegria que anuncio a publicação do livro Espectadores do Sagrado: Literatura Apocalíptica, Apócrifos do Novo Testamento e Experiência Visionária, da Editora Universidade de Brasília, organizado por Julio Cesar Dias Chaves (euzinho) e Vicente Dobroruka: 



O Livro conta com 9 artigos de estudiosos brasileiros e estrangeiros sobre temas que vão desde o judaísmo helenístico a Agostinho, passando pelo Novo Testamento e a literatura apócrifa gnóstica.  

Segue abaixo a lista dos artigos e seus autores contidos no livro:

1- Flávio Josefo, Daniel e a Providência divina nas Antigüidades judaicas (Victor Passuello)

2- Nas asas da águia: a exegese visionária dos impérios mundiais de Daniel no Quarto livro de Esdras (Vicente Dobroruka)

3- Apocalíptica e interações culturais no mundo romano-helenístico: o caso do apóstolo Paulo (Monica Selvatici)

4- Paulo Apóstolo nos estudos de religião: a importância da sua experiência visionária apocalíptica (Jonas Machado)

5- Identidades fluídas: controvérsias sobre mistura e separação em Mateus (Elisa Rodrigues)

6- Os evangelhos gnósticos (Louis Painchaud)

7- O Evangelho do Salvador (P. Berol. 22220) no seu contexto: Jesus e os apóstolos na literatura copta (Alin Suciu) 

8- Judas, herói ou traidor: o Evangelho de Judas do Codex Tchacos (Julio Cesar Dias Chaves)

9- A importância da teoria das sete idades do mundo no pensamento de Santo Agostinho sobre o sentido da história: os casos das obras Sobre as pessoas que devem ser catequizadas Cidade de Deus (Fabrício Santos Barbacena)



Agradeço desde já a divulgação. 

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Karen King volta a falar do "Evangelho da Esposa de Jesus"

Karen King em 2012, ano em que anunciou a descoberta do
fragmento por ela nomeado de Evangelho da Esposa de Jesus


Há algumas semanas, a professora de Harvard, Karen King - responsável pela divulgação do Evangelho da Esposa de Jesus em 2012 - deu uma entrevista na qual declara que o fragmento é provavelmente uma falsificação.

A entrevista foi dada à Associated Press, e partes dela foram reproduzidas por outros sites, tais quais o America Magazine (para ver a matéria on line, clique aqui). 
 
King declarou ainda que foi enganada por Walter Fritz, um homem de negócios da Flórida que seria o responsável por fazer chegar a ela o fragmento em questão. 


Não restavam dúvidas de que o fragmento era uma falsificação moderna desde sua divulgação. Houve consenso entre os estudiosos no tocante a isso. E o golpe de misericórdia foi dado por Christian Askeland, em abril de 2014. 

Esse blog acompanhou de perto o desenrolar da questão; desde a divulgação, passando pelo aparecimento gradual das evidências de falsificação, até o golpe final dado por Askeland. Quem quiser recapitular a questão, pode clicar aqui.   

A entrevista de King não muda nada em relação à autenticidade (ou falta de) do fragmento. Não restavam mais dúvidas quanto a isso. Ela, provavelmente, estava apenas esperando a poeira baixar para finalmente poder admitir que foi enganada e que se tratava de uma falsificação. 

A notícia da entrevista de King já repercutiu aqui no Brasil e uma matéria saiu na Folha de São Paulo hoje. Mas claro, o espaço dado pela mídia dessa vez foi muito menor do que na época da divulgação, em 2012. Há sempre mais gente preocupada em colocar fogo do que em apagar o incêndio. Para quem quiser dar uma olhadinha na matéria da Folha, basta clicar aqui


Algo me diz que esse ainda não é o último capítulo dessa novela. Talvez ainda descubramos as reais motivações do falsificador, e como ele fez para falsificar.
Aguardemos. 

quarta-feira, 6 de abril de 2016

A História das religiões e o estudo do cristianismo antigo.


A história das religiões procura abordar e estudar os fenômenos religiosos a partir de uma perspectiva não confessional (ou seja, não se professando ou aderindo a nenhuma religião em específico); a partir de uma perspectiva histórica, procurando a ajuda de outras ciências sociais, como a antropologia e a sociologia, por exemplo. Analisa a importância das religiões no espaço e no tempo, e como elas influenciam na cultura e no desenvolvimento dos povos e sociedades, procurando explicar sua influência nos diferentes campos, seja o social, o cultural ou político, por exemplo. 
Assim sendo, um quadro teórico que adote a abordagem própria da história das religiões dialoga com várias outras áreas de abordagem histórica, como a história social, cultural, política, etc.  

Por se tratar de uma abordagem não confessional, a história das religiões não deve se confundir com a teologia, apesar de a última se servir de conceitos teológicos em suas análises. Um historiador das religiões deve ter um conhecimento teológico que lhe ajude a compreender a(s) religião(s) que estuda; mas para ele, a teologia é um meio, uma ferramenta, e não o fim. 

De modo análogo, o historiador das religiões pode se utilizar de outras áreas do conhecimento, como, por exemplo, a filologia e a linguística, mas sempre como meio e ferramenta, nunca como fim. No caso do exemplo que acabo de citar, o uso pode se justificar pela necessidade muitas vezes de se recorrer a fontes primárias escritas ou conservadas em outras línguas; no caso do cristianismo antigo, principalmente o grego antigo, mas também o latim e algumas línguas orientais, tais quais o copta ou o siríaco, por exemplo. Seria bastante útil para um historiador que se interesse, portanto, pelas origens do cristianismo, possuir um conhecimento filológico dessas línguas antigas. No entanto, ele não age como o linguista, que tem na própria língua o seu objeto de trabalho, seu fim. Para ele, a língua é uma ferramenta, um meio que o ajuda a entender e decifrar fontes primárias, na tentativa de explicar historicamente as crenças religiosas, no caso aqui exemplificado, do cristianismo.

Há quem procure abordar e explicar a história por meio das relações sociais, culturais ou de gênero; há quem foque na economia ou na política. O historiador das religiões faz seu trabalho centrado nesse aspecto tão particular e praticamente onipresente na história humana, o fenômeno religioso, o sagrado.

Tradicionalmente, as abordagens que adotam o quadro teórico da história das religiões tendem a ser comparatistas, ou seja, procuram comparar os diferentes fenômenos religiosos, nos diferentes períodos da história, apontando as semelhanças e também as diferenças. No tocante ao desenvolvimento das diferentes religiões, procura analisar como se deram as mudanças ao longo da história nas crenças, ritos e sistemas simbólicos. 

No caso do estudo das origens do cristianismo e de seu desenvolvimento durante os primeiros séculos de nossa era, o historiador das religiões pode centrar seus interesses e suas análises nos mais diversos objetos e questões, desde o contexto de composição dos evangelhos ao imaginário do martírio, por exemplo.

Um exemplo interessante de como a história das religiões pode dialogar com outras áreas da história diz respeito, por exemplo, ao triunfo do cristianismo no Império Romano no séc. IV; como uma religião até então marginalizada e ilegal passou, a partir de Constantino a exercer papel fundamental nas relações e decisões políticas do Império Romano. O historiador da política que se interesse pelo Império Romano a partir do séc. IV, portanto, jamais poderia realizar seu trabalho sem o auxílio do trabalho do historiador das religiões. 

A importância da história das religiões é tão grande nesse exemplo do qual nos ocupamos aqui pontualmente que o primeiro historiador a analisar a crise do Império Romano, Edward Gibbon, ainda no séc. XVIII, apontou nada mais nada menos do que o próprio advento do cristianismo como principal causa da crise e da queda (GIBBON, Edward. Declínio e Queda do Império Romano, São Paulo: Cia das Letras, 1989). Por mais que essa teoria seja hoje considerada equivocada e simplista, por diversas razões, não se pode negar a importância do cristianismo na engrenagem que explica o baixo Império Romano. Em quem senão o historiador das religiões poderia explicar a história dessa religião que moldou a cultura e civilização ocidentais?       

Por se tratar de uma abordagem, portanto, multidisciplinar, a quem prefira chamar o campo da história das religiões de "ciências das religiões". Em algumas universidades, já existem cursos de graduação que levam esse nome. A própria Université Laval, em Québec, por exemplo. No Brasil, a Universidade Federal de Juiz de Fora e a Universidade Federal da Paraíba são as pioneiras, contando já há alguns anos com esse curso de graduação.  

terça-feira, 29 de março de 2016

Nota de Falecimento: James M. Robinson




Fiquei sabendo hoje que o Professor James M. Robinson faleceu no último dia 22.

É com pesar que repasso a notícia aqui no Blog. 

A contribuição de Robinson para os estudos do gnosticismo antigo e dos códices de Nag Hammadi são incomensuráveis. 

Dentre as muitas e notáveis contribuições dele, podemos citar sua participação nos trabalhos da UNESCO de recuperação dos Códices de Nag Hammadi e o fato de ele ter sido o editor chefe da primeira coleção de edições críticas desses textos (detalhes sobre isso podem ser encontrados no primeiro capítulo do meu último livro, A Gnose em Questão). 

Não poderíamos deixar de citar também o fato de ele ter feito uma minuciosa investigação sobre a descoberta e trajetória dos códices de Nag Hammadi, até serem guardados definitivamente no Museu Copta do Cairo. Os resultados dessa investigação foram contados em uma comunicação lida num congresso na Université Laval: "From the Cliff to Cairo". Posteriormente, essa comunicação foi publicada juntamente com as demais apresentações do Seminário num volume da seção "estudos" da Série Bibliothèque copte de Nag Hammadi

Abaixo, segue o link com o comunicado de falecimento feito pela Claremont School of Theology: 

http://cst.edu/in-memoriam-professor-emeritus-james-robinson/

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Identidades cristãs no mundo Romano

Esse é o título do novo dossiê temático da Revista Antíteses, da Universidade Estadual de Londrina. Volume 8, número 16, 2015. 



O dossiê foi organizado pelos professores Monica Selvatici e Paulo Nogueira e conta com um artigo de autoria minha e do Prof. Louis Painchaud:
"A Recepção dos Códices de Nag Hammadi: Gnose e Monasticismo no Egito Romano da Antiguidade tardia".

Quem quiser ler o artigo, pode clicar aqui

O conteúdo completo da edição pode ser visualizado clicando aqui.