sexta-feira, 18 de junho de 2010

Pausa para a Copa

Bom, como ninguém é de ferro, vou tirar umas férias aqui do blog para acompanhar melhor a Copa.

De história antiga e Cristianismo primitivo eu não entendo nada, mas de futebol.... quem me conhece sabe o quanto eu gosto desse negócio. E o melhor é poder ver a Copa sem precisar escutar o Galvão.

Enfim, o meio-campo da Seleção precisa de mais criatividade; se é para atrasar o Robinho, coloca o Nilmar no lugar do Elano, senão o L. Fabiano fica muito isolado. E ainda acho que o RG tinha lugar nesse time.

Nos vemos depois do Hexa! Eu espero.....

E que o Tardelli não seja vendido!

terça-feira, 8 de junho de 2010

A controvérsia ariana e o cânon bíblico

Há algumas semanas, num post sobre as cartas festivas de Atanásio de Alexandria, falamos brevemente do cânon bíblico. Presentemente, estou lendo uma bibliografia especializada, que conta ao todo com mais de 3 mil páginas, sobre a controvérsia ariana (vai ser bem útil para o meu doutorado, espero), a grande controvérsia teológica do séc. IV, e talvez a grande controvérsia teológica da história da Igreja.

Mas enfim, o que a controvérsia ariana tem a ver com a questão do cânon bíblico? Então, falamos da carta festiva de 367 de Atanásio de Alexandria como provavelmente a lista completa do cânon bíblico mais antiga que conhecemos; nos comentários, o João nos lembrou ainda do decreto do Papa Dâmaso, de 382. Pois bem, ambos são documentos da segunda metade do séc. IV; lembremos que a controvérsia ariana permeou praticamente todo o século em questão, começando por volta de 318 em Alexandria e, podemos dizer, tendo seu desfecho com o Concílio de Constantinopla I, em 381.

É interessante notar que nas centenas de discussões teológicas do séc. IV relativas à controvérsia ariana, as maiores fontes de argumentos de autoridade de ambos os lados, tanto o pró-niceno quanto o ariano, eram as Escrituras; é mais interessante ainda notar que em momento algum, pelo menos levando em conta as fontes que sobreviveram até hoje, algum Padre da Igreja, ou algum autor eclesiástico qualquer, seja ele ortodoxo ou ariano, usa como argumento de autoridade alguma frase ou passagem de um texto, dando-lhe status de Escritura, que não faça parte da lista que viria a ser definida dogmaticamente por Dâmaso em 382. Ou seja, mesmo não havendo ainda posição dogmática sobre o cânon, havia uma espécie de consenso prático no cristianismo do séc. IV. Não sei se ficou claro ou confuso, se alguém não entendeu, por favor, me diga.

Enfim, não existia ainda consenso em relação ao modo como a divindade de Jesus deveria ser definida, ou mesmo aceita, mas existia consenso em relação a quais textos eram canônicos ou não.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Canadian Society of Patristic Studies/ Association Canadiénne des Études Patristiques

Ontem a tarde cheguei de Montreal, onde participei do Encontro anual da Associação Canadense de Estudos Patrísticos. O Encontro estava integrado ao 2010 Congress of Humanities and Social Sciences/ Congrés des sciences humaines 2010 do Canada. Ao todo, no Congresso de ciências humanas do Canadá, participaram cerca de 9 mil pessoas; no de Patrística, cerca de 40.
Foi uma experiência muito boa participar desse encontro da Associação canadense de Patrística; em geral, participo de encontros e congressos de história, estudos bíblicos ou de ciências das religiões. Foi bom ter contato com essa nova abordagem.
Eu apresentei uma comunicação de 30 minutos, na segunda, dia 31 de maio, 9h da manhã.
Andrea e Teresa vieram comigo, e aproveitamos para matar a saudade comendo uma picanha num restaurante brasileiro ao lado da Universidade de Concordia, onde aconteceu o evento.