segunda-feira, 29 de junho de 2009

Aviso

Bom, vejo-me obrigado a dar um aviso aqui.
Esses anúncios que aparecem aí em cima são do Google; eu não tenho absolutamente nada a ver com isso. É exatamente por isso que está escrito em baixo "anúncios Google". É bom deixar isso claro porque mais de 2 pessoas já vieram me perguntar se esses "livros cristãos gratuitos" que eu estava indicando no blog eram bons.
Eu não indiquei nada disso, está no anúncio do Google e eu não tenho nada a ver com essa história.
Vou entrar em contato com o Google para ver o que pode ser feito a respeito, se é possível tirar eeses anúncios.

Eusébio de Cesaréa

Eusébio de Cesaréa é um dos mais importantes autores da antiguidade cristã. Muitos estudiosos o definem como uma espécie de divisor de águas entre os períodos pré-niceno e niceno; se considerarmos sua formação teológica e o conteúdo de sua bora mais importante, ele faria parte do período pré-niceno; foi inclusive perseguido por Diocleciano em 303. Mas se levarmos em conta sua atividade eclesial e política, ele já estaria no período niceno, afinal, participou diretamente da controvérsia ariana e esteve muito perto do imperador Constantino, exatamente na época em que o cristianismo deixava de ser religião perseguida.
Sua obra mais importante e conhecida é a História Eclesiástica, composta em 10 livros. Nessa obra, Eusébio faz o verdadeiro papel de historiador, pesquisando o passado, juntanto fontes e relatos e escrevendo a história da Igreja anterior a ele. Apesar da ortodoxia duvidosa de Eusébio, sua obra é tida como uma boa fonte para o estudo do cristianismo pré-niceno, daí sua importancia para qualquer um que queira estudar o cristianismo primitivo antes de 325.
Muitas informações e trechos de autores antigos foram, inclusive, conservados somente por Eusébio; uma verdadeira pérola do cristianismo antigo.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Boa notícia

Transcrevo aqui o e-mail que recebi ontem do meu orientador, o Prof. Louis Painchaud
"Caros colegas brasileiros, Eu tenho o prazer de anuciar que as traduções em francês dos textos de Nag Hammadi publicadas na coleção "Bibliothèque copte de Nag Hammadi" estão diponíveis no seguinte endereço eletrônico: www.ftsr.ulaval.ca/bcnh. Cada tradução oferece indicações das páginas e linhas do manuscrito a qual pertence. Espero que tais traduções sejam úteis não apenas no mundo da francofonia, mas também em outras partes do mundo, pondendo inclusive ajudar os professores e estudantes no Brasil.
Peco-lhes ainda, a gentileza de transmitir tal notícia em seus respectivos meios.
Atenciosamente,
Louis Painchaud"

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O que é um apócrifo?

A palavra grega apócrifos é geralmente traduzida como “livro secreto”. Já na antiguidade tardia, os cristãos se apropiaram dessa palavra e começaram a usá-la com um outro significado designando assim, um conjunto específico de livros com características diversas (ver, por exemplo, a Carta festiva de 367 de Atanásio de Alexandria).
A simples definição “apócrifo é um livro que não faz parte do cânon” não condiz com a realidade, pois há milhares de textos que não compõem o cânon e que não são apócrifos; os escritos de Platão não fazem parte do cânon e não são apócrifos; os contos de Machado de Assis não fazem parte do cânon e não são apócrifos. Sim, eu sei que acabei de citar dois exemplos idiotas, mas isso é só para vocês terem idéia de como essa definição é incompleta.
Uma melhor delimitação da definição de “apócrifo” deve levar em conta, portanto, o elemento da antiguidade (um apócrifo deve necessariamente ter sido composto na antiguidade) e o pretenso caráter de texto religioso/sagrado do judaísmo e/ou cristianismo; e algumas vezes, a pretensão de Escritura por parte de quem compôs ou consumiu o texto. Enfatizo que, muitas vezes, tal caráter é atribuido não por quem escreveu ou compôs o texto, mas por quem consumiu.
Ainda esta semana, teremos mais sobre os apócrifos.