Hoje, dia 11 de julho, a liturgia ocidental comemora a festa de São Bento de Núrsia, nascido no dia 24 de março de 480 e falecido no dia 21 de março de 547. São Bento foi um dos mais notórios monges do Ocidente da antiguidade tardia e fundador da ordem que leva seu nome. Foi ainda o autor da famosa regra que também leva seu nome.
No entanto, ao contrário do que muitos pensam, ele não foi o primeiro fundador de uma comunidade monástica ou o primeiro a escrever regras. O fênomeno do monasticismo cenobita é, de fato, bem anterior a Bento e data, pelo menos, da primeira metade do século IV.
No entanto, ao contrário do que muitos pensam, ele não foi o primeiro fundador de uma comunidade monástica ou o primeiro a escrever regras. O fênomeno do monasticismo cenobita é, de fato, bem anterior a Bento e data, pelo menos, da primeira metade do século IV.
Já no final do século III e início do século IV, vários homens se isolaram nos desertos do Egito e da Palestina para viverem uma ascese radical. Um desses anacoretas, Pacômio, fundou, no sul do Egito, na primeira metade do século IV, a primeira comunidade monástica da qual se tem notícia. O fenônemo se espalhou por toda a cristandade ainda no século IV. Pacômio, até onde se sabe, foi também o primeiro a escrever regras monásticas. É muito provável que tais regras tenham chegado a Bento por meio de traduções latinas feitas por São Jerônimo, tendo assim influenciado na redação das famosas regras de São Bento.
De qualquer maneira, o fenômeno monástico é de suma importância para a cristandade e para as civilizações, tanto do Ocidente quanto do Oriente. Os monastérios são responsáveis, por exemplo, pela conservação de uma parcela importante da cultura clássica. Eram, muitas vezes, os únicos locais da antiguidade tardia onde manuscritos estavam protegidos das ordas de bárbaros que invadiam o império romano e destruiam tudo que viam pela frente. Sem as bibliotecas monásticas da antiguidade tardia, uma parte considerável da cultura clássica teria se perdido.
De qualquer maneira, o fenômeno monástico é de suma importância para a cristandade e para as civilizações, tanto do Ocidente quanto do Oriente. Os monastérios são responsáveis, por exemplo, pela conservação de uma parcela importante da cultura clássica. Eram, muitas vezes, os únicos locais da antiguidade tardia onde manuscritos estavam protegidos das ordas de bárbaros que invadiam o império romano e destruiam tudo que viam pela frente. Sem as bibliotecas monásticas da antiguidade tardia, uma parte considerável da cultura clássica teria se perdido.
O caso do monasticismo copta é elucidativo nesse sentido. As bibliotecas dos mosteiros coptas, ajudadas pelo clima seco do Egito, conservaram um número considerável de manuscritos, muitos deles, como visto em posts anteriores, ainda intocados e não editados. Não foi por acaso que o grande coptólogo W. E. Crum afirmou na primeira metade do século XX que todos os manuscritos e fragmentos coptas conhecidos até então provinham de uma biblioteca monástica. Os próprios manuscritos de Nag Hammadi parecem não fazer exceção à regra: a teoria segundo a qual eles derivam de uma biblioteca monástica do sul do Egito ganha cada vez mais força.
Nenhum comentário:
Postar um comentário