No final de 2002, o número 28 da revista Biblical Archeology Review divulgou uma suposta descoberta arqueológica fantástica: uma pedra que faria parte de um ossuário; na pedra estaria escrito “Tiago, o irmão de Jesus”. Posteriormente ficou claro que se tratava de uma fraude, mas a polêmica sobre a existência de um irmão de Jesus, o que, poderia contradizer o dogma da virgindade perpétua de Maria, estava lançada.
Falso ou não, o ossuário não nos traz absolutamente nada de novo. Várias fontes antigas já falavam da existência de um “Tiago irmão de Jesus”. Esse Tiago não seria um dos doze apóstolos, mas um discípulo de Jesus. Ele era conhecido ainda como Tiago, o justo, era um asceta que não bebia vinho e gozava de extremo prestígio em meio aos judeus, sendo ainda conhecido por sua vida de oração. Ele teria sido martirizado no Templo de Jerusalém; Quem nos conta tudo isso é o historiador antigo Eusébio de Cesaréia (História Eclesiástica II, 23, 4-18) que escreve no séc. IV, mas diz utilizar como fonte em relação a Tiago um cristão de origem judaica do séc. II, Hegésipo. Há ainda um texto de Nag Hammadi, o primeiro apocalipse de Tiago¸ no qual Tiago é também chamado de “irmão do Senhor”.
Sabe-se que a palavra irmão era também utilizada para designar um parente próximo na literatura bíblica; qualquer bíblia que se preze tem uma nota explicando isso. Mas quase nunca se menciona o significado metafórico e espiritual da palavra irmão. Poder-se-ia usar a palavra em questão para designar proximidade espiritual; mesmo hoje em dia, quando um padre faz uma homilia e chama seus ouvintes de irmãos, ele não esta dizendo que todos são filhos biológicos de um mesmo pai ou de uma mesma mãe; ele quer dizer que são todos irmãos na fé, batizados, filhos do mesmo Deus Pai. Não posso afirmar com certeza, mas creio que muitas vezes, quando a palavra irmão é empregada no Novo Testamento é isso que ela quer designar, uma fraternidade espiritual, e não carnal. O primeiro apocalipse de Tiago não é um texto bíblico, mas nos dá uma idéia desse significado espiritual da palavra em questão quando coloca na boca de Jesus as seguintes palavras ao se referir a Tiago: “Tu és meu irmão, mas não segundo a carne” (NH V, 24, 13-19).
Falso ou não, o ossuário não nos traz absolutamente nada de novo. Várias fontes antigas já falavam da existência de um “Tiago irmão de Jesus”. Esse Tiago não seria um dos doze apóstolos, mas um discípulo de Jesus. Ele era conhecido ainda como Tiago, o justo, era um asceta que não bebia vinho e gozava de extremo prestígio em meio aos judeus, sendo ainda conhecido por sua vida de oração. Ele teria sido martirizado no Templo de Jerusalém; Quem nos conta tudo isso é o historiador antigo Eusébio de Cesaréia (História Eclesiástica II, 23, 4-18) que escreve no séc. IV, mas diz utilizar como fonte em relação a Tiago um cristão de origem judaica do séc. II, Hegésipo. Há ainda um texto de Nag Hammadi, o primeiro apocalipse de Tiago¸ no qual Tiago é também chamado de “irmão do Senhor”.
Sabe-se que a palavra irmão era também utilizada para designar um parente próximo na literatura bíblica; qualquer bíblia que se preze tem uma nota explicando isso. Mas quase nunca se menciona o significado metafórico e espiritual da palavra irmão. Poder-se-ia usar a palavra em questão para designar proximidade espiritual; mesmo hoje em dia, quando um padre faz uma homilia e chama seus ouvintes de irmãos, ele não esta dizendo que todos são filhos biológicos de um mesmo pai ou de uma mesma mãe; ele quer dizer que são todos irmãos na fé, batizados, filhos do mesmo Deus Pai. Não posso afirmar com certeza, mas creio que muitas vezes, quando a palavra irmão é empregada no Novo Testamento é isso que ela quer designar, uma fraternidade espiritual, e não carnal. O primeiro apocalipse de Tiago não é um texto bíblico, mas nos dá uma idéia desse significado espiritual da palavra em questão quando coloca na boca de Jesus as seguintes palavras ao se referir a Tiago: “Tu és meu irmão, mas não segundo a carne” (NH V, 24, 13-19).
Um comentário:
Olá meu amigo!
parabéns pelo blog! Tenho muito a aprender por aqui!
muito importante essas iniciativas de difundir o conhecimento.
Grande Abraço,
Allan
PS: Hoje tive a felicidade de ver a missa no mosteiro de São Bento em SP.
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