Ao contrário do que se pensa, o auge do cristianismo não foi a Idade Média. O auge do cristianismo é hoje.
A ideia de que o auge do cristianismo foi a Idade Média é fruto de um pensamento eurocêntrico, que acha que a Europa é o centro do mundo e a única coisa importante.
Na Idade Média, o cristianismo estava restrito a uma dúzia de reinos bárbaros europeus, a regiões como a Etiópia e ao Império Bizantino. Estava encurralado a leste pelo Islã, a oeste pelo Atlântico, ao sul pelo Saara e a norte pelos Vikings. Não passava de uma religião regional e limitada a um continente.
Hoje, o cristianismo está presente nos 5 continentes do planeta. Há mais de 2.3 bilhões de cristãos espalhados em praticamente todos os países do mundo, o que faz do cristianismo a maior religião do globo. Nunca houve tantos cristãos na história da humanidade, tanto em termos absolutos quanto em termos proporcionais. Na prática, é como se 1 em cada 3 habitantes do planeta fosse cristão.
De acordo com dados do Anuário Pontifício, baseado no número de novos batizados, a taxa de crescimento do cristianismo em alguns continentes, como a África, é maior que a taxa de crescimento mundial.
A Bíblia já foi traduzida para quase 3 mil línguas e é de longe o livro mais lido da história.
O Papa é inquestionavelmente o mais importante líder religioso do mundo hoje. Os perfis dele no Twitter tem, na prática, tantos seguidores quanto os de celebridades mundiais, como CR7, ou seja, algumas dezenas de milhões.
Os encontros do Papa com os jovens também reúnem milhões de pessoas, como na JMJ do Rio e das Filipinas, por exemplo.
Ou seja, o auge do cristianismo é hoje.
Achar que o auge do cristianismo foi a idade média não passa de etnocentrismo.