quinta-feira, 7 de agosto de 2008

O Codex Sinaiticus

Bom, mais uma vez, depois de muito tempo sem atualizar, aqui estou eu...
Semana passada recebi uma reportagem do meu primo Bruno e depois de um amigo, o Chico, falando do Codex Sinaiticus. O Codex em questão é um dos mais antigos códices bíblicos (juntamente com o Codex Vaticanus) que sobrevivram até os dias de hoje e data do séc. IV. Parte do códice será disponibilizado em fotos on-line, o que representa um enorme avanço para a pesquisa, afinal, edições fac-smiles são em geral muito caras. Serão disponibilizadas as 43 páginas do Novo Testamento que estão em Leipzig e algumas do Velho Testamento que estão na Biblioteca Britânica de Londres.
O Codex Sinaiticus foi encontrado no tradicional mosteiro de Santa catarina, no Monte Sinai em 1844 pelo alemão Konstantin von Tischendorf. Ao que tudo indica, os monges autorizaram o alemão a levar 43 páginas do codex, mas os monges atuais afirmam que as páginas em questão foram roubadas.
Essa história levanta uma questão interessante: nó séc XIX e início do séc. XX arqueólogos e estudiosos europeus e estadunidenses percorreram o Egito e oriente em geral em busca de artefatos e manuscritos antigos; os mosteiros egípcios foram o destino de muitos desses estudiosos. Ao chegarem nesses mosteiros, os estudiosos encontravam monges que falavam somente árabe, mas que tinham acesso a bibliotecas com dezenas, ou até mesmo centenas, de manuscritos antigos escritos em grego ou copta. O problema é que esses manuscritos antigos eram completamente inúteis para os monges, pois o copta e o grego, as línguas faladas pelos seus antecessores da antiguidade, já tinham caído em desuso; eles simplesmente não entendiam nada do que estava escrito em muitos desses manuscritos. Então, muitas vezes, esses manuscritos ficavam jogados, eram deixados de lado e não lhes era atribuida importância. Por isso, muitos monges autorizavam os estudiosos a levarem esses manuscritos, pelo simples fatos deles não servirem mais para suas leituras.
no próximo post eu vou tentar responder a difícil pergunta sobre apócrifos feita por uma pessao que se identificou como "dona sr. urtigão"